Stadt: Augsburg

Frist: 2019-04-30

Beginn: 2019-09-11

Ende: 2019-09-14

URL: http://lusitanistenverband.de/lusitanistentage/augsburg-2019-2/themenbeschreibung-und-aufruf-zur-sektionsbildung/

Benjamin Meisnitzer (Leipzig) / Jannis Harjus (Innsbruck)
Metalinguistisches Bewusstsein der Sprecher und Sprecherinnen: Repräsentation und Perzeption portugiesischer Varietäten in der lusophonen Welt

Diese Sektion möchte die Arealität der lusophonen Welt aus Sicht der Sprecher*innen selbst diskutieren. Die übergeordnete Frage dabei ist, wo die Räume, Grenzen und Übergänge diatopischer Varietäten des Portugiesischen in Europa, Afrika, Amerika und Asien aus Sprechersicht liegen. Gerade die Erforschung des Varietätenbewusstseins kann zu interessanten Resultaten hinsichtlich der Arealität der portugiesischsprachigen Welt führen. Denn in Anlehnung an Gumperz (1975) wird in dieser Sektion davon ausgegangen, dass diatopische Variation eben vom Sprecherbewusstsein abhängt. Deshalb wird in dieser Sektion der Terminus Varietät sozial und individuell kognitiv definiert: „Individuell-kognitiv sind Varietäten also durch je eigenständige prosodisch-phonologische und morpho-syntaktische Strukturen bestimmte und mit Situationstypen assoziierte Ausschnitte des sprachlichen Wissens. Da es sich um in gleichgerichteten Synchronisierungsakten herausgebildetes gemeinsames sprachliches Wissen handelt, sind Varietäten immer auch sozial konstituiert.“ (Schmidt/Herrgen 2011, 42).
Die Sektion ist vor allem deshalb wichtig, weil im Hinblick auf das metasprachliche Wissen von Sprecher*innen große Desiderata für das Portugiesische vorliegen. Zwar wurde beispielsweise die perzeptive Dialektologie sehr früh im brasilianischen Rio Grande do Sul angewendet (Preston 1985), aber noch nicht im weiteren brasilianischen Varietätenraum. Und während zum Portugiesischen in Afrika und Asien noch keinerlei metasprachliche Arbeiten vorliegen, werden im Hinblick auf das Portugiesische in Europa erst seit kurzem perzeptive und auf Sprecherwissen basierende Arbeiten publiziert (Brissos/Saramago 2014), sie sind für das Galicische (Kabatek 1996) aber noch immer selten.
Es mögen sich insbesondere Teilnehmer*innen ermuntert fühlen, an der Sektion teilzunehmen, die

• Forschungsarbeiten in Anlehnung an die Perceptual Dialectology (Preston 1999) zu portugiesischen Varietäten in Afrika, Amerika, Asien und Europa – gerne auch unter Einschluss der portugiesisch basierten Kreolsprachen – durchführen.

• Forschungsarbeiten in Anlehnung an die Perzeptive Varietätenlinguistik (Krefeld/Pustka 2010) zu portugiesischen Varietäten in Afrika, Amerika, Asien und Europa – gerne auch unter Einschluss der portugiesisch basierten Kreolsprachen – durchführen.

• perzeptionsbasierte und/oder am Sprachbewusstsein orientierte Forschungsarbeiten im Allgemeinen zu portugiesischen Varietäten in Afrika, Amerika, Asien und Europa – gerne auch unter Einschluss der portugiesisch basierten Kreolsprachen – durchführen.

Dabei sind in der Sektion sowohl synchrone, auf die aktuelle Arealität ausgerichtete Arbeiten als auch synchron-historische oder diachrone Beiträge zum Varietätenbewusstsein lusophoner Sprecher*innen willkommen. Vorträge von Nachwuchswissenschaftler*innen sind ebenso willkommen wie Beiträge von etablierten Wissenschaftler*innen.

Bitte senden Sie Ihr Abstract bis zum 30.04.2019 an die Sektionsleiter:
Univ.-Ass. Dr. Jannis Harjus (Innsbruck): Jannis.Harjus@uibk.ac.at
Prof. Dr. Benjamin Meisnitzer (Leipzig): Benjamin.Meisnitzer@uni-leipzig.de

Bibliografische Hinweise

Brissos, F./Saramago, J. (2014): „O problema da diversidade dialectal do Centro-Sul português: informação perceptiva versus informação acústica“, in: Estudos da lingüística galega 6, 53-80.

Gumperz, J. (1975): Sprache, lokale Kultur und soziale Identität. Düsseldorf: Schwann.

Kabatek, J. (1996): Die Sprecher als Linguisten: Interferenz- und Sprachwandelphänomene dargestellt am Galicischen der Gegenwart. Tübingen: Niemeyer.

Krefeld, T./Pustka, E. (2010): „Für eine perzeptive Varietätenlinguistik“, in: Krefeld, T./Pustka, E. (eds.), Perzeptive Varietätenlinguistik. Frankfurt a.M.: Peter Lang, 9-28.

Preston, D. (1985): „Mental Maps of language distribution in Rio Grande do Sul (Brazil)“, in: The Geographical Bulletin 27, 46-64.

Preston, D. (1999): “Introduction”, in: Preston, D. (ed.), Handbook of Perceptual Dialectology 1. Amsterdam: John Benjamins, XXIII-XXXIX.

Schmidt, J./Herrgen, J. (2011): Sprachdynamik. Eine Einführung in die moderne Regionalsprachenforschung. Berlin: Erich Schmidt.

Em Português:

Benjamin Meisnitzer (Lípsia) / Jannis Harjus (Innsbruck)
A consciência metalinguística dos falantes: representações e perceções das variedades portuguesas no mundo lusófono

A presente seção pretende discutir a espacialidade do mundo lusófono, partindo do ponto de vista dos falantes. Para tal finalidade, a questão central subjacente a esta seção será a de averiguar onde os falantes vêm as fronteiras, os espaços e os pontos de transição entre variedades diatópicas do Português na Europa, em África, na América e na Ásia. O estudo da perceção de variedades pode trazer à luz resultados bastante interessantes relativamente à arealidade da língua portuguesa no mundo, uma vez que, partindo de Gumperz (1975), assumiremos que a variação linguística depende da consciência linguística dos falantes. Por isso, na nossa seção, partimos de um conceito de variedade definido social-, individual- e cognitivamente: «As variedades do ponto de vista cognitivo-individual são parcelas do saber linguístico definidas por estruturas prosódico-fonológicas e morfossintáticas associadas a determinados contextos situacionais. Dado tratar-se de saber linguístico comum, resultante de atos de sincronização direcionados num mesmo sentido, as variedades são sempre também constituídas socialmente». (Schmidt/Herrgen 2011, 42, tradução de Benjamin Meisnitzer & Jannis Harju).
A importância do tema do ponto de vista da investigação deve-se ao fato de haver inúmeros desiderata para o Português neste domínio. Pois se, por um lado, a dialetologia percetiva foi aplicada bastante cedo no Rio Grande do Sul (Preston 1985), carece ainda de uma aplicação ao restante espaço variacional brasileiro. E enquanto que os estudos metalinguísticos que tomam em conta a perceção e o saber dos falantes, começam a surgir muito pontualmente para o Português Europeu (Brissos/Saramago 2014) e são raros para o galego (Kabatek 1996), são inexistentes para as variedades do Português em África e na Ásia.
Queremos, por isso, incentivar investigadores a participar na seção que:

• estudem variedades do português em África, na América, na Ásia e na Europa – ou crioulos de base portuguesa –, tomando por base teórico-metodológica a Perceptual Dialectology (Preston 1999);

• estudem variedades do português em África, na América, na Ásia e na Europa – ou crioulos de base portuguesa –, tomando por base teórico-metodológica a linguística de variedades percetiva (Krefeld/Pustka 2010);

• estudem variedades do português em África, na América, na Ásia e na Europa – ou crioulos de base portuguesa – tomando por base a perceção das mesmas e a consciência linguística dos seus falantes.

Deste modo, são bem-vindos trabalhos sincrónicos dedicados à espacialidade das variedades do português, bem como trabalhos de cariz diacrónico-sincrónico ou diacrónico dedicados à consciência da variação por parte de falantes lusófonos. Não queremos deixar de incentivar jovens investigadores a submeterem propostas de comunicação.

Por favor, envie o seu resumo aos coordenadores da seção até 30.04.2019:
Univ.-Ass. Dr. Jannis Harjus (Innsbruck): Jannis.Harjus@uibk.ac.at
Prof. Dr. Benjamin Meisnitzer (Leipzig): Benjamin.Meisnitzer@uni-leipzig.de

Referências biliográficas:

Brissos, F./Saramago, J. (2014): „O problema da diversidade dialectal do Centro-Sul português: informação perceptiva versus informação acústica“, in: Estudos da lingüística galega 6, 53-80.

Gumperz, J. (1975): Sprache, lokale Kultur und soziale Identität. Düsseldorf: Schwann.

Kabatek, J. (1996): Die Sprecher als Linguisten: Interferenz- und Sprachwandelphänomene dargestellt am Galicischen der Gegenwart. Tübingen: Niemeyer.

Krefeld, T./Pustka, E. (2010): „Für eine perzeptive Varietätenlinguistik”, in: Krefeld, T. / Pustka, E. (eds.), Perzeptive Varietätenlinguistik. Frankfurt a.M.: Peter Lang, 9-28.

Preston, D. (1985): „Mental Maps of language distribution in Rio Grande do Sul (Brazil)“, in: The Geographical Bulletin 27, 46-64.

Preston, D. (1999): “Introduction”, in: Preston, D. (ed.), Handbook of Perceptual Dialectology 1. Amsterdam: John Benjamins, XXIII-XXXIX.

Schmidt, J./Herrgen, J. (2011): Sprachdynamik. Eine Einführung in die moderne Regionalsprachenforschung. Berlin: Erich Schmidt.