Stadt: Leipzig

Frist: 2021-05-31

Beginn: 2021-09-15

Ende: 2021-09-19

Sektion „Temporalität der Sprache und Temporalität in der Sprache. Variation und Wandel im Tempus- und Aspektsystem des Portugiesischen“

Sektionsleiter: Joachim Steffen (Universität Augsburg) & Marcelo J. Krug (UFFS Chapecó)

In seinem vielbeachteten Beitrag zum romanischen Verbalsystem hebt Coseriu (1976) das Portugiesische als diejenige Sprache hervor, die für die seinem Modell zugrundeliegenden Dimensionen (1. Zeitebene; Vordergrund: aktuelle Ebene – Paralleler Hintergrund: inaktuelle Ebene; 2. Perspektive, Stellung des Sprechers im Verhältnis zur Verbalhandlung: Parallel – Retrospektiv – Prospektiv, wobei jeder durch die primäre Perspektive abgegrenzte Raum noch einmal nach demselben Prinzip aufgeteilt werden kann) als einzige romanische Sprache für alle nach diesem Muster entstehenden Zeiträume einfache Formen aufweist. Anders ausgedrückt verfügt das Portugiesische über ein besonders reichhaltiges Repertoire an grammatikalisierten Mitteln zur Lokalisierung von Ereignissen in der Zeit (cf. Comrie 1985: 9). Genauer betrachtet, kommt in den genannten einfachen Formen Tempus bereits gemischt mit Aspekt vor; allerdings ist daneben für den Ausdruck der zeitlichen Struktur oder Konturierung der im Verb ausgedrückten Handlung im Portugiesischen – ähnlich wie im Spanischen – das äußerst vielfältig ausgebaute System von Verbalperiphrasen bekanntlich von herausgehobener Bedeutung und bietet dem Sprecher die Möglichkeit, zahlreiche Nuancen in Bezug auf den Grad der Entwicklung eines jeweiligen Ereignisses oder des Zustands zu unterscheiden (cf. Schemann 1983; Dietrich 1973). Schließlich ist zu ergänzen, dass Zeit nicht allein durch grammatische Mittel kodiert wird, sondern auch lexikalisch ausgedrückt werden kann (z.B. durch adverbiale Adjunkte wie in já não chove, chove, ainda não chove, etc.; Barroso 1994: 16, cf. Móia 2011).

In der Sektion laden wir dazu ein, aktuelle Beiträge zu Tempus und Aspekt im Portugiesischen zu diskutieren, die insbesondere den bisher – auch im Vergleich zu anderen Bereichen der portugiesischen Linguistik – wenig beachteten Gesichtspunkt der Variation (synchrone Grammatikalisierung neuer aspektueller Verbalperiphrasen in einzelnen Varietäten; syntaktische Variation; Vergleich der Unterschiede im Tempusgebrauch zwischen BP und EP; etc.) und des (kontaktinduzierten) Wandels (Bedeutungswandel und Verlust von Tempora; diachrone Entwicklungen und Grammatikalisierungen; grammatische Entlehnungen von Tempus- und Aspektkategorien aus Kontaktsprachen; etc.) in den Blick nehmen. Ausdrücklich möchten wir in diesem Sinne auch zu Beiträgen zu Kreolsprachen oder partiell restrukturierten Varietäten mit portugiesischer Basis aufrufen, die sich beispielsweise mit der Etymologie der Formen oder der Semantik von TMA-Markern (Clements 2009: 51) befassen.

Zitierte Bibliographie:
Barroso, Henrique (1994), O aspecto verbal perifrástico em português contemporâneo. Visão funcional/sincrónica, Porto.
Clements, Clancy J. (2009), The Linguistic Legacy of Spanish and Portuguese, Cambridge.
Comrie, Bernard (1985), Tense, Cambridge.
Coseriu, Eugenio (1976), Das romanische Verbalsystem, Tübingen.
Dietrich, Wolf (1973), Der periphrastische Verbalaspekt in den romanischen Sprachen, Tübingen.
Móia, Telmo (2011), „Sobre a expressão lexical da duração e da localização temporal em português”, in: Arden, M./Märzhäuser, C./Meisnitzer, B. (Hrsg.), Linguística do português. Rumos e pontes, München.
Schemann, Hans (1983), Die portugiesischen Verbalperiphrasen. Corpus und Analyse, Tübingen.

Die Sektion wird in hybrider Form stattfinden und erlaubt somit die Teilnahme vor Ort oder online. Abstracts für Sektionsbeiträge (max. 400 Wörter einschließlich Literaturangaben) können bis zum 31. Mai 2021 an joachim.steffen@uni-a.de und marcelokrug@yahoo.de eingereicht werden.


“Temporalidade da língua e temporalidade na língua. Variação e mudança no sistema temporal e aspectual do português”

Organizadores da seção: Joachim Steffen (Universität Augsburg) & Marcelo J. Krug (UFFS Chapecó)

Em sua notória contribuição sobre o sistema verbal das línguas românicas, Coseriu (1976) ressalta o português como a língua essencial para as dimensões em que se baseia seu modelo (1. nível temporal, primeiro plano: nível atual – segundo plano paralelo: nível inatual; 2. Perspectiva, posição do falante em relação ao ato verbal: paralelo – retrospectivo – prospectivo, em que cada espaço delimitado pela perspectiva primária pode ser dividido novamente de acordo com o mesmo princípio), pois é a única língua românica, que tem formas simples para todos os espaços temporais decorrentes desse modelo. Em outras palavras, o português tem um repertório particularmente rico de meios gramaticais para localizar eventos no tempo (cf. Comrie 1985: 9). Examinado mais precisamente, nas formas simples mencionadas, o tempo já ocorre misturado com o aspecto; entretanto, em português – semelhante ao espanhol – o sistema altamente diversificado de perífrases verbais é conhecido por ter particular importância para a expressão da estrutura temporal ou contorno da ação expressa no verbo, e oferece ao falante a possibilidade de distinguir inúmeras nuances com relação ao grau de desenvolvimento de um determinado evento ou estado de coisas (cf. Schemann 1983; Dietrich 1973). Por fim, deve-se acrescentar que o tempo não é apenas codificado por meios gramaticais, mas também pode ser expresso lexicamente (por exemplo, por adjuntos adverbiais como em já não chove, chove, ainda não chove, etc.; Barroso 1994: 16, cf. Móia 2011).

Nesta seção, convidamos a discutir sobre contribuições atuais que envolvam o tempo e o aspecto verbal na língua portuguêsa, enfocando em particular a variação (gramaticalização síncrona de perífrases verbais aspectuais em variedades determinadas; variação sintática; comparação das diferenças no uso do tempo verbal entre PB e PE; etc.) e mudança (induzida por contato) (mudança de significado e perda de tempos verbais; desenvolvimentos diacrônicos e gramaticalizações; empréstimos gramaticais de categorias de tempo verbal e de aspecto de línguas de contato; etc.), que receberam pouca atenção até agora, também em comparação com outras áreas da lingüística do portugês. Nesse sentido, gostaríamos também de solicitar expressamente contribuições sobre línguas crioulas ou variedades parcialmente reestruturadas de base portuguesa, que tratem, por exemplo, da etimologia das formas ou da semântica dos marcadores de tempo, modo e aspecto (Clements 2009: 51).

Referências citadas:

Barroso, Henrique (1994), O aspecto verbal perifrástico em português contemporâneo. Visão funcional/sincrónica, Porto.
Clements, Clancy J. (2009), The Linguistic Legacy of Spanish and Portuguese, Cambridge.
Comrie, Bernard (1985), Tense, Cambridge.
Coseriu, Eugenio (1976), Das romanische Verbalsystem, Tübingen.
Dietrich, Wolf (1973), Der periphrastische Verbalaspekt in den romanischen Sprachen, Tübingen.
Móia, Telmo (2011), „Sobre a expressão lexical da duração e da localização temporal em português”, in: Arden, M./Märzhäuser, C./Meisnitzer, B. (Hrsg.), Linguística do português. Rumos e pontes, München.
Schemann, Hans (1983), Die portugiesischen Verbalperiphrasen. Corpus und Analyse, Tübingen.

A seção será realizada de forma híbrida, permitindo a participação no local ou on-line. Resumos das contribuições (máx. 400 palavras incluindo referências) podem ser enviados até 31 de maio de 2021 para joachim.steffen@uni-a.de e marcelokrug@yahoo.de.

Beitrag von: Joachim Steffen

Redaktion: Redaktion romanistik.de