16. Lusitanistentag 2025 München. Sektion I.1 "Insularität unter Revision: Inseln und Archipele der portugiesischsprachigen Welt" / "A insularidade em revisão: ilhas e arquipélagos do mundo de língua portuguesa"
Stadt: München
Frist: 2025-03-15
Beginn: 2025-09-15
Ende: 2025-09-19
Insularität unter Revision: Inseln und Archipele der portugiesischsprachigen Welt
PD Dr. phil. Daniel Graziadei (Albert-Ludwigs-Universität Freiburg): research@danielgraziadei.de
Prof. Dr. Doris Wieser (Universität Coimbra): dwieser.fluc@gmail.com
Als Denkfigur, geomorphologische Realie und kartographische Augenfälligkeit fungiert die Insel als „Kippfigur“ (Ette 2005) zwischen Isolation und Vernetzung (Lima et al. 2011), zwischen schwerer Zugänglichkeit und leichter Kolonisierbarkeit, zwischen letzter Ruhestätte und Ausgangspunkt, zwischen Gefangenenkolonie und Geburtsstätte von Revolutionen, zwischen terrestrischer Abgeschiedenheit und maritimer sowie atmosphärischer Eingebundenheit. In diesem Sinne sollen in der vorgeschlagenen Sektion „Insularität unter Revision“ die idiosynkratischen literarischen, filmischen, fotografischen und anderen künstlerischen Kreationen und Konstitutionen von insularen und archipelagischen Räumen kritisch untersucht werden, also die Poetik der Inseln (Graziadei et al. 2017) des jeweiligen Textes oder künstlerischen Produkts. Die transversale Sektion nimmt auch Beiträge zu den insularen sprachlichen Varietäten des Portugiesischen und portugiesischbasierten Kreolsprachen auf, die nach der Rolle der geographischen Abgeschiedenheit bei der Sprachentwicklung fragen, sowie kulturanthropologische Beiträge, die die Darstellung von Insularität im kulturellen Gedächtnis erforschen.
Einer Revision unterworfen werden sollen sowohl die exotistische Ikone der konsumierbaren tropischen Insel (Sheller 2008), als auch die Imaginationen der abgeschiedenen, vermeintlich einsamen bzw. menschenleeren Insel (Beer 2003) mit ihren essentialistischen Eigenzeiten und Gegenentwürfen zum Festland als Aspekte eines okzidentalen Insel-Diskurses (Moser 2005). Der Blick soll im Rahmen einer Reparation stattdessen über die terrestrische Fixation hinaus geöffnet werden auf die konstitutive maritime Komponente und die darin implizierten globalen archipelagisch-aquatischen Relationen (Glissant 2009), die Anti-Dialektik der Tiden (Brathwaite 1983) und die sich wiederholenden Insel der Verhaftung, Verbannung, Verschleppung und Versklavung mit Öffnung auf die Weltenmeere und die globale Wissenszirkulation (Benítez Rojo 1989) in einer post/kolonialen Gleichzeitigkeit von Emanzipation und Ausbeutung (Bongie 1997) sowie sich wiederholende Zyklen des ökologischen Raubbaus und der versuchten Renaturierung (Grove 1995).
In diesem Sinne soll auch die Spannung zwischen „Insel-Welt“ und „Inselwelt“ (Ette 2011), d.h. zwischen dem globalen und kosmischen Potential der Metonymie des Archipels und des pars pro toto der Insel miteinbezogen werden. Als Kreuzungspunkt von Konzepten (Geck 2005) soll sowohl in der raumtheoretischen Abstraktion als auch in der textnahen Analyse der traditionellen sowie der neuesten kulturellen, sprachlichen und literarischen Entwicklungen diese Revision in Angriff genommen werden und konkrete Fälle insularer Relationalität (Carvalho Semedo 2016), Transitorik (Lima 2019), Kreolisierung und Dekolonialisierung aufgezeigt und analysiert werden.
Der Schwerpunkt soll auf afrikanischen Territorien liegen, allen voran Kap Verde und São Tomé und Príncipe, aber dem Bissagos-Archipel, den Inseln Äquatorialguineas (insbesondere Annobón), der Ilha de Moçambique. Madeira und die Azoren sollen als koloniale und dekoloniale Räume je besonderer Art in den Blick genommen werden.
Die Sektion zu den insularen bis archipelagischen Ästhetiken der (vor allem afrikanischen) portugiesischsprachigen Literaturen will bewusst die Verknüpfung der biogeographischen, sprachwissenschaftlichen und kulturwissenschaftlichen Erkenntnisse der Island Studies sowie der raumtheoretischen Erkenntnisse der literarischen Inseltheorien mit den philologischen Praktiken einer dekolonialen Lusitanistik fördern und fordern.
Vortragsvorschläge können bis zum 15. März 2025 bei der Sektionsleitung (research@danielgraziadei.de; dwieser.fluc@gmail.com) eingereicht werden.
A insularidade em revisão: ilhas e arquipélagos do mundo de língua portuguesa
Prof. Doutor Daniel Graziadei (Albert-Ludwigs-Universität Freiburg): research@danielgraziadei.de
Prof. Doutora Doris Wieser (Universidade de Coimbra): dwieser.fluc@gmail.com
Enquanto figura de pensamento, realidade geomorfológica e conspicuidade cartográfica, a ilha funciona como “figura oscilante” (Ette, 2004) entre o isolamento e a interconexão (Lima et al., 2011), entre a difícil acessibilidade e a fácil colonizabilidade, entre o lugar de repouso final e o ponto de partida, entre a colónia-prisão e o berço de revoltas, entre a reclusão terrestre e a integração marítima e atmosférica. Neste sentido, a secção proposta, “A insularidade em revisão”, examinará criticamente as idiossincráticas criações literárias, cinematográficas, fotográficas e artísticas de espaços insulares e arquipelágicos, ou seja, as poéticas das ilhas (Graziadei et al., 2017) do respetivo texto ou produto artístico. A secção transversal inclui ainda contribuições sobre as variedades linguísticas insulares do português e das línguas crioulas de base portuguesa, que examinem o papel do isolamento geográfico no desenvolvimento da língua, bem como contribuições da antropologia cultural, que explorem a representação da insularidade na memória cultural.
Tanto o ícone exoticista da ilha tropical consumível (Sheller, 2008), como os imaginários da ilha isolada, supostamente solitária ou deserta (Beer, 2003), com os seus próprios tempos e contra-conceitos essencialistas em relação ao continente, enquanto aspetos de um discurso insular ocidental (Moser, 2005), devem ser alvo de revisão. No contexto de uma reparação, a visão deve ultrapassar a fixação terrestre, abrangendo a componente marítima constitutiva e as relações arquipelágicas-aquáticas globais implícitas (Glissant, 2009), a anti-dialética das marés (Brathwaite, 1983) e a ilha repetitiva do aprisionamento, banimento, rapto e escravização, com abertura para os oceanos e a circulação global do conhecimento (Benítez Rojo, 1989), numa simultaneidade pós-colonial de emancipação e exploração (Bongie, 1997), bem como ciclos repetitivos de sobre-exploração ecológica e tentativa de renaturalização (Grove, 1995).
Neste sentido, será também incluída a tensão entre “mundo-ilha” e “mundo insular” (Ette, 2011), ou seja, entre o potencial global e cósmico da metonímia do arquipélago e a pars pro toto da ilha. Enquanto intersecção de conceitos (Geck, 2005), esta revisão será abordada tanto através da abstração espácio-teórica como da análise textual de desenvolvimentos culturais, linguísticos e literários tradicionais e recentes, identificando e analisando casos concretos de relacionalidade insular (Carvalho Semedo, 2016), transitoriedade (Lima, 2019), crioulização e descolonização.
Serão privilegiados os territórios africanos, nomeadamente Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, bem como o arquipélago dos Bijagós, as ilhas da Guiné Equatorial (nomeadamente Ano-Bom), a Ilha de Moçambique. A Madeira e os Açores serão analisados como espaços coloniais e decoloniais de caráter particular.
A secção sobre a estética insular e arquipelágica das literaturas de língua portuguesa (principalmente africanas) visa deliberadamente promover e exigir a ligação dos entendimentos biogeográficos, linguísticos e culturais dos Estudos Insulares, bem como dos entendimentos espácio-teóricos das teorias literárias insulares, com as práticas filológicas dos estudos das literaturas de língua portuguesa decoloniais.
Propostas de comunicação podem ser submetidas à coordenação da secção (research@danielgraziadei.de; dwieser.fluc@gmail.com) até 15 de março de 2025.
h2.
Auswahlbibliographie / Bibliografia (seleção)
Baptista, Maria Luísa. Vertentes da insularidade na novelística de Manuel Lopes. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, 2007.
Beer, Gillian: “Discourses of the Island.” Literature and science as modes of expression. Hg. Frederick Amrine. Dordrecht u. a: Kluwer, 1989. 1–27.
Beer, Gillian: “Island Bounds.” Islands in history and representation. Hg. Rod Edmond and Vanessa Smith. London: Routledge, 2003. 32–42.
Benítez Rojo, Antonio: La isla que se repite: El Caribe y la perspectiva posmoderna. Hanover, N.H.: Ediciones del Norte, 1989.
Brathwaite, Edward Kamau: “Caribbean Culture · Two Paradigms.” Missile and Capsule. Hg. Jürgen Martini. Bremen: Universität Bremen, 1983. 9–54.
Carvalho Semedo, Carla I.: “Musicalidades das cabo-verdianas nas roças de São Tomé e Príncipe.” Revista Estudos Feministas 24.3 (2016): 959–972.
Ette, Ottmar: “De islas, fronteras y vectores. Ensayo sobre el mundo insular fractal del Caribe.” Iberoromania IV.16 (2004): 129-143.
Ette, Ottmar: „Von Inseln, Grenzen und Vektoren. Versuch über die fraktale Inselwelt der Karibik“ Grenzen der Macht – Macht der Grenzen. Lateinamerika im globalen Kontext. Hg. Braig, Marianne; Ette, Ottmar; Ingenschay, Dieter; Maihold, Günther. Frankfurt am Main: Vervuert Verlag 2005. 135-180.
Ette, Ottmar: „Insulare ZwischenWelten der Literatur. Inseln, Archipele und Atolle aus transarealer Perspektive.“ Inseln und Archipele. Kulturelle Figuren des Insularen zwischen Isolation und Entgrenzung. Hg. Wilkens, Anna E.; Ramponi, Patrick; Wendt, Helge. Bielefeld: transcript 2011. 13-56.
Geck, Sabine „Quid est insula? El concepto de ISLA desde una perspectiva cognitivista.“ Forum 12 (2005): <http://usuaris.tinet.cat/asgc2/Forum_2005/Autors/Geck/geck4.html.>
Glissant, Édouard: Philosophie de la relation: Poésie en étendue. Paris: Gallimard, 2009.
Graziadei, Daniel, Britta Hartmann, Ian Kinane, Johannes Riquet & Barney Samson: “On sensing island spaces and the spatial practice of island-making: introducing island poetics, Part I.”, in: Island Studies Journal 12.2 (2017): 239-252.
Grove, Richard H.: Green imperialism: Colonial expansion, tropical island Edens and the origins of environmentalism, 1600 – 1860. Cambridge u. a: Cambridge University Press, 1995.
Laurel, Juan Tomás Ávila. “La isla de Annobón, el refugio de las musas”. Afro-Hispanic Review 28.2. Nashville: Vanderbilt University (2009): 331-334.
Leviski, Charlott Eloize. “A política da língua portuguesa em Guiné Equatorial”. Revista Working Papers em Linguística, UFSC, 16.2 (2015): 62-81.
Lima, Norma S. R. ‘Literatura cabo-verdiana em trânsito’. Revista Soletras 38 (2019): 338–361.
Lima, Norma S. R.; Caputo Gomes, Simone (Hg.) Revista Soletras 42 (2021): “Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo Verde.”
Mata, Inocência. Polifonias insulares. Cultura e literatura de São Tomé e Príncipe. Lisboa: Edições Colibri, 2010.
Moser, Christian. „Archipele der Erinnerung: Die Insel als Topos der Kulturisation.“ Topographien der Literatur: Deutsche Literatur im transnationalen Kontext. Hg. Hartmut Böhme. Stuttgart u. a.: Metzler, 2005. 409–432.
Ribeiro, Margarida Calafate, Sílvio Renato Jorge (orgs.): Literaturas insulares: Leituras e escritas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Porto: Edições Afrontamento, 2011.
Sheller, Mimi B. Consuming the Caribbean: From Arawaks to Zombies. London: Routledge, 2008.
Beitrag von: Daniel Graziadei
Redaktion: Robert Hesselbach